domingo, 6 de dezembro de 2009

Beatriz

Que olhos são esses
Que não vejo mas sinto?
Porque te batem
Com a mão invisivel?

Mentir já não te chega,
Por mais que tentes (nem tentas).

A vida tem certos acasos.
Cruzamos-nos numa noite
Em quem se fez magia.

Dizes: "meu coração fala com o teu"
Eu digo: "tenta calar ambos".
Não consegues e por isso não mentes.

Sinto o teu pulsar no meu peito,
Na verdade sei que a distância
Não existe, desde essa noite.

Para longe é onde estás.
Não é verdade.
De longe se faz bem mais perto
Disse um dia alguem.

Quebrei tudo em mim para aceitar
O que sabia ser a certeza da amizade.

Estás perto de mim sempre.
Sem te ver, vejo o desespero que trazes.
Quebramos dia-a-dia a barreira do impossivel.
Conta-me histórias do que não sei.
Diz-me de ti!

Sinto-me capaz de te ter em frente
Fechar os olhos e sentir-te somente
Porque estarás sempre em mim mesmo que não fisicamente.

Viajar tem um sabor solitário.
Pois então que essa solidão
Sejamos nós de mãos dadas
Numa vida dura mas feliz.
Porque a amizade também se diz.

Desculpa-me a estupidez,
Desculpa-me ter-te empurrado
Para fora de uma amizade que queria.

Para fora do que sabia por certo.
Todos os dias ao telefone te peço desculpa,
Nas entrelinhas.

Este poema é fruto do que sinto,
Poderia escolher mil e um titulos
Que o mais maravilhoso seria e será para sempre
Beatriz.

(dedicado a : Ana Beatriz Ferreira da Costa Braz)

03/12/2009

LN