terça-feira, 9 de setembro de 2014

Em pleno delírio do pecado



Ao ritmo de poesia numa tela pintada
E sórdida de suor de uma paixão
Onde ninguém tem mão

Levo-te até ao quarto,
Como a pétala embalada pelo vento.
Ali pintamos o cenário
Em tons de prosa.
Escrita sobre a água do rio
Que da janela a vista alcança
E que iria desaguar num oceano,
Quiçá o oceano da paixão

Minhas mãos, qual ave de rapina,
Fazem voo picado sobre o teu corpo
Que subi e desci
Mil e uma vez mais uma,
Somente pelo gosto de sentir-te.
Sentir o perfume da tua pele
Que me faz mergulhar em prazer.

Unhas vincadas como se plantasses em mim
A árvore da ternura,
Árvore da paixão
Ou talvez a do amor.

Amor envolto em paixão,
Paixão erguida em prazer,
Prazer consentido pelo sentimento,
Sentimento sobreposto e transposto
A nós dois, ali, quentes como água termal
Em pleno estado de cortesia
Nesse dia consumimos os corpos nosso

Mantendo unidas as almas
E acesa a chama do nosso amor.

Lobo da Noite