terça-feira, 12 de outubro de 2010

O mundo é estranho. O gostar de alguem é estranho. Tu és estranha. E eu tambem sou estranho.
Que noite aquela onde tu e eu fizemos poesia nos traços de nossos corpos suados de paixão. Que música aquela que tocámos ao ouvido um do outro. Que estrelas aquelas que todas juntas não são mais que tu! A lua dessa noite refletia no lago era apenas o sonho de ti e dessa noite que estava p'ra acontecer. Teu rosto é como cetim que não visto e visto isto eu sou um nú, sem ti. Tu tambem o és eu o sei. Separam-nos uma pequena grande distância e perto estão os nossos corações. Faz tempo que a saudade de ti voltou. Partiste e levaste metade de mim e tempo depois entendi que metade de ti estava em mim e não era no pensamento como pensava. Era no mais belo e vádio poema de amor, o coração. Coração vádio o meu, habituado a não gostar de ninguém ficou preso a ti. Os dias passam e eu vou passando tambem porque apenas quero passar. Sei que não estás vazia, tens-me a mim em ti, eu a ti tenho em mim. Noites e noites acordado á luz da vela e ao sabor do nosso licor escrevo e escrevo compulsivamente como desejava chorar. E choro, choro não só com a alma mas com a lágrima. Que cai, salgando-me o rosto como daquela vez que choramos os dois juntos de faces encostadas. E escrevo neste cenário muitos dos poemas de amor e paixão que tenho e que digo que é imaginação minha ao escrever, mas, sabes bem não é imaginação, é paixão. E a lágrima a cair na folha escrita de ti, e a vela balançando com a minha respiração sentida de ti. E eu sem ti!!! Eu sim ti menha querida, eu sem ti. Sem ti, sem ti! Quero chorar, quero puder amar-te enfim. Quero-te, quero-te, quero-te. Por amor de quem nao existe deixem-nos ficar juntos, únidos como a unha e a carne. E o cigarro acende-me o fogo e fica ali, vagueando nos meus pensamentos como se soubesse desta nossa angústia.
A vela apaga-se, o cigarro tambem,o livro fecha-se e a caneta pousa-se e eu? Deito-me sobre a cama e amo-te em pensamento lembrado-me de tudo e esquecendo-me do que não quero. Porque só te quero. Quero-te! Desejo-te! Porque nascemos de lados opostos? Quero-te! Desejo-te! E entretanto adormeço sobre a poesia que fizemos juntos e as loucuras que conquistamos.
Serás sempre minha e eu sempre e eu sempre teu.
Um dia que sabe possamos realizar os nossos sonhos.

Por ti, amor, o Mundo e a Lua!

Lobo da Noite